OS SABORES DO PARÁ
NO VER-O-PESO:
É na imensa feira livre, com centenas de barracas, que se encontram as raízes da gastronomia paraense. A feira fica aberta o dia todo. Frutas, sucos, o tacacá, o caranguejo, a maniçoba, o tucupi. Ali você pode provar e comprar os mais variados tipos de farinhas, fina, branca, grossa, amarela, d’água, são muitas as farinhas. Ali se encontra também o famoso feijão manteiguinha de Santarém, pequenino e saboroso. E é praticamente só ali que se encontra o aviú, camarãozinho bem pequeno, pescado nas águas claras dos rios Tapajós e Tocantins, com o qual se fazem pratos saborosos, como a mojica, uma espécie de pirão. Queijo do Marajó também tem, como tem também pirarucu seco e salgado, o “bacalhau da Amazônia”, além das ervas e do urucum, em pó ou em sementes. E uma grande variedade de pimentas, com destaque para a famosa pimenta de cheiro, Como o nome sugere, é muito cheirosa. É praticamente impossível sentir o seu aroma e não ficar com água na boca. Bolinha amarela, ardente, de uma planta regional da Amazônia, é marca registrada da cozinha paraense e a mais conhecida das muitas pimentas regionais.
AÇAÍ
O açaí é o fruto da palmeira do açaizeiro. É pequeno, redondo, de cor escura e frutifica em grandes cachos. Palmeira abundante na Amazônia, o açaí é sustento e alimento de muitas famílias. Não importa a classe social, o açaí está presente em todas as mesas, seja como complemento ou prato principal. A polpa é retirada por meio de máquinas apropriadas. O suco, com a densidade de um creme, é chamado de vinho, normalmente consumido com farinha de mandioca ou de tapioca, às vezes com açúcar ou sal; com peixe frito ou camarão. Ou seja, é também sobremesa ou acompanhamento de prato. Também é usado na forma de mingau, pudim, mousse, sorvete, creme, geléia ou licor. Em Belém, o açaí é encontrado em quase todas as esquinas. Os pontos de venda são identificados com uma plaquinha vermelha.
TUCUPI
O paraense costuma dizer que, com tucupi, até pedra fica bom. Além das feiras, o tucupi pode ser encontrado em supermercados.
Feito a partir do suco amarelado da mandioca brava, o tucupi seria um veneno mortal. Mas depois de cozido várias perde o ácido cianídrico. Aí é cozido novamente, desta vez com os temperos (chicória, alfavaca e sal) e torna-se um saboroso molho amarelo, de gosto forte, que pode acompanhar carnes e peixes. Dá um sabor inconfundível aos pratos com ele preparados, como o tacacá, o pato, leitão, frango, peixe e até alguns tipos de caça.
Caldinho de tucupi com jambu
JAMBU
O jambu, companheira inseparável do tucupi na composição dos pratos paraenses, é uma planta rasteira. Suas folhas, quando mastigadas, produzem um leve e gostoso tremor nos lábios.
MANIÇOBA
Para se fazer a Maniçoba, as folhas da maniva, a planta que produz a mandioca, altamente venenosas, são moídas e depois cozidas durante sete dias para perder o mortal ácido cianídrico. Nos quatro primeiros adiciona-se apenas água. Em seguida entram charque, lombo defumado, paio, lingüiça, bucho, orelha de porco, costela. Uma espécie de feijoada sem feijão. Já apelidada de feijoada paraense, a maniçoba tem origem na culinária indígena e impressiona pelo exotismo de sua aparência e de seu sabor.
TAPIOQUINHA
Massa feita com goma de mandioca, água e sal, a tapioca (ou tapioquinha) é muito consumida em toda a região Norte. Passada na frigideira, vira uma espécie de panqueca, na qual se coloca os mais variados recheios, doces e salgados.
TACACÁ
O tacacá é um dos grandes destaques da cozinha paraense. Com gosto e cheiro inconfundíveis, é encontrado nas tacacazeiras, nas esquinas das principais ruas de Belém. É um caldo, servido quente em cuias especiais, feito com tucupi, goma de mandioca cozida, jambu e camarão seco. Tudo é misturado na hora, na frente do cliente. O tacacá é tomado tradicionalmente no final de tarde, bem quente, acompanhado ou não de molho de pimenta. Em Belém, não é difícil encontrar os pontos de venda de tacacá. As tacacazeiras são figuras típicas da cultura paraense, símbolos da sua tradição. Provar o tacacá é obrigação de todo aquele que chega a Belém, já que a iguaria está mais do que inserida no roteiro turístico da cidade.
2 comentários:
Ei camarada vc me deixou c/ água na boca!!! rsrsrssrrsrssrs... abraços meu brother! Dinho Oliveira
GRANDE DINHO!!!
ABRAÇO PRA VC TAMBEM IRMÃOZINHO!!
ELISON LUCENA
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